Variações fílmicas sobre um tema de Mozart e Da Ponte: a ópera na era da sua reprodutibilidade técnica
João Pedro Cachopo
20 de Dezembro de 2014, 16h
Serviço de Fonoteca, Biblioteca Orlando Ribeiro
Aspectos históricos e políticos da relação entre a ópera e o cinema.
As diferentes modalidades de cruzamento entre ópera e cinema (em particular, a diferença entre a filmagem de uma encenação, o “filme-ópera” e o filme operático).
Consequências para o debate sobre o lugar do espectáculo músico-teatral no contexto da modernidade tardia (ou pós-modernidade).
Discussão de duas versões de Don Giovanni de Mozart: a primeira de Joseph Losey (Don Giovanni, 1979), a segunda de Kasper Holten (Juan, 2011)
Biografia
João Pedro Cachopo é ensaísta, tradutor e investigador nas áreas da filosofia, da musicologia e dos estudos literários. Estudou em Lisboa (Universidade Nova de Lisboa), Paris (Université Paris 8) e Berlim (Universität Potsdam e Humboldt-Universität zu Berlin), tendo-se doutorado pela Universidade Nova de Lisboa em 2011 com uma tese sobre o pensamento estético de Theodor W. Adorno, entretanto publicada com o título Verdade e Enigma. Ensaio sobre o pensamento estético de Adorno (Lisboa, Vendaval, 2013). É membro do Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (FCSH-UNL), onde desenvolve actualmente um projecto de pós-doutoramento sobre os aspectos estéticos e políticos da relação entre as artes e, muito especialmente, sobre o modo como a exploração da relação da ópera com outras artes pode conduzir a uma reconfiguração politicamente significativa dos modos de experiência e apropriação do género operático. Neste contexto, co-organizou o colóquio internacional “Opera and Cinema: The Politics of an Encounter” (2012), editou um volume da revista Textos & Pretextos sobre ópera e literatura (2013) e coordena o seminário “Estética e política entre as artes” (desde 2012). Tem apresentado aspectos da sua pesquisa em Portugal, França, Alemanha, Brasil, Reino Unido e Polónia. Destes trabalhos resultaram publicações em revistas como Artefilosofia, Colóquio/Letras, Música Hodie, Parrhesia: a Journal of Critical Philosophy, Theoria & Praxis: International Journal of Interdisciplinary Thought, Viso – Cadernos de Estética Aplicada, entre outras. Traduziu para português trabalhos de Bernard Aspe, Georges Didi-Huberman e Jacques Rancière. É ainda membro do colectivo Unipop e co-editor da revista Imprópria.