Hegemonias nas elites culturais anti-fascistas: Fernando Lopes-Graça
Helena Lopes Braga e João Romão
5 de Julho de 2014, 18h
Museu da Música Portuguesa/ Casa Verdades de Faria
A produção e gestão dos discursos relativos aos movimentos antifascistas em Portugal tem-se centrado em determinadas figuras das elites culturais. Referindo-nos ao meio artístico, é comum salientar-se o nome de Lopes-Graça, associado tanto ao meio musical, como ao literário, por meio dos círculos em que se movia (João José Cochofel, José Gomes Ferreira, Mário Dionísio, João Gaspar Simões, entre outros).
Nesta sessão questionaremos o processo de canonização de algumas destas figuras, ao mesmo tempo que exploraremos a ausência de outras, nomeadamente mulheres.
Biografias
Helena Lopes Braga nasceu em Braga, onde iniciou os estudos musicais. Licenciada em ciências musicais e mestre em musicologia histórica (bolsa de mérito Luiz Kruz) pela FCSH, UNL, tem desenvolvido investigação em música, género, sexualidades e sociabilidades nos séculos XX e XXI, com especial enfoque em Portugal. É vice-presidente da SPIM, Sociedade Portuguesa de Investigação em Música (2013-2016), co-fundadora do NEGEM, Núcleo de Estudos em Género e Música, e do SociMus, Grupo de Estudos Avançados em Sociologia da Música, ambos pertencentes ao Centro de Estudos em Sociologia e Estética da Música, FCSH, UNL.
João Romão é doutorando em Ciências Musicais na FCSH da UNL. É investigador no CESEM e integra o Núcleo de Estudos em Género e Música e o SociMus. Após terminar a sua dissertação de mestrado sobre a crítica musical lisboeta nos últimos anos da ditadura em Portugal (1970-1974), encontra-se a desenvolver a sua tese de doutoramento na área da sociologia da música, com enfoque nas actividades do Serviço de Música da Fundação Calouste Gulbenkian. É, desde 2013, Presidente da direcção da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música.