Edward Ayres d’Abreu – Ruy Coelho (1889-1986), compositor da geração d’Orpheu. Museu da Música Portuguesa, Casa Verdades de Faria

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Ruy Coelho (1889-1986), compositor da geração d’Orpheu

Edward Ayres d’Abreu

7 de Dezembro de 2014, 15h30

Museu da Música Portuguesa, Casa Verdades de Faria

 

Vida e obra do compositor Ruy Coelho nos seus primeiros dez anos de carreira e sua relação com a geração d’Orpheu (Almada Negreiros, José Pacheko, Mário de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa, Eduardo Vianna, António Ferro, Amadeo de Souza-Cardoso, entre outros). A criação do bailado, da ópera e do Lied portugueses. Modernidade, “futurismo” e “nacionalismo” – vanguarda e contradições no espírito polemista de um enfant terrible.

Edward Luiz Ayres d’Abreu estudou no Conservatório Nacional, em Lisboa, com os professores Ana Sousa Lima e Rui Pinheiro (Piano), Daniel Schvetz e Eli Camargo Jr. (Composição). Paralelamente, frequentou cursos de Artes Visuais, História da Arte e Arquitectura. Concluiu, com a mais alta classificação, uma licenciatura em Composição na Escola Superior de Música de Lisboa, sendo orientado pelos compositores Sérgio Azevedo e António Pinho Vargas. Em programa Erasmus frequentou o Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, estudando com Gérard Pesson (Composição), entre outros. Frequentou diversas masterclasses (de Emmanuel Nunes, João Pedro Oliveira e Marc-André Dalbavie, entre outros), um Curso de Verão no Conservatório de Moscovo, sob a orientação do compositor Faradž Karaev, e um curso de Gamelão de Java no Museu Oriente, em Lisboa.
Premiado como aluno e pianista acompanhador, compositor prolífero, do seu catálogo destacam-se manucure (delírio futurista), ópera breve a partir de Mário de Sá-Carneiro, estreada no Teatro Nacional de São Carlos sob a direcção cénica de Luís Miguel Cintra e direcção musical de João Paulo Santos, e inscriptions (x), epitáfio a partir de Fernando Pessoa, estreado pela Orquestra Gulbenkian sob a direcção de Luca Francesconi.
É mestrando em Ciências Musicais na Universidade Nova de Lisboa, dedicando-se ao estudo da vida e obra de Ruy Coelho (1889-1986) sob orientação do musicólogo Paulo Ferreira de Castro. Apresentou-se já em diversos colóquios em Lisboa, Castelo Branco e Porto. Foi orador nas “Breves Palavras” do Teatro Nacional de São Carlos e colabora, como conferencista, com o Instituto de Filosofia Luso-Brasileira.
Fundou e dirige o mpmp, movimento patrimonial pela música portuguesa e, no âmbito desta associação, foi editor do livro-CD Histórias da Música em Portugal e é, desde a sua criação, director da revista glosas. É ainda vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música.

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